
A exposição, intitulada "The Brazil series", inclui cerca de 40 pinturas em acrílico e oito desenhos sobre o Brasil, realizados entre 2009 e março de 2010 a pedido do museu e expostos pela primeira vez.
Nos principais jornais do país, os especialistas não economizaram críticas à obra plástica do músico, como o "Berlingske Tidende", que considera que "quando se fala de música, Bob Dylan é um dos grandes, o Picasso do século XX, mas este não é o caso com sua pintura".

Dylan expõe no Statens Museum for Kunst "não porque suas telas sejam boas, mas sim porque é o Bob Dylan", indica o crítico. O jornal "Politiken" também é duro e se pergunta "se esta exposição é interessante para aqueles que não cultuam Bob e tudo o que ele faz".
O jornal econômico "Boersen" criticou a direção do museu por "colocar os ganhos financeiros à frente da avaliação artística", considerando que o simples nome de Dylan "faça com que um grande público compareça".
O professor de História da Arte Peter Brix Soendergaard, entrevistado pelo jornal "Information", considera que "Bob Dylan pinta como qualquer amador, utilizando um estilo figurativo um tanto pesado. É o que chamávamos antes um pintor de domingo".
Só a revista semanal Weekendavisen é um pouco mais suave em sua crítica, ressaltando que "Dylan não é um grande pintor, mas é interessante porque não é pretensioso e tem um olhar para o drama".
Respondendo às críticas, o diretor do museu, Karsten Ohrt, negou que tenha feito uma exposição de Dylan somente com fins econômicos. "Acreditamos que Dylan é um pintor de qualidade e suscita grande interesse entre os pintores e colecionadores dinamarqueses", declarou nas páginas do "Politiken".
Fonte desta matéria: G1
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